Pare, leia e ore

Posted: quinta-feira, 7 de abril de 2011 by Daniel Mochileiro in
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Recife 6 de Abril de 2011

São oito e meia da noite, caminho em direção a Praça Cinco Pontas em Recife. A rua deserta, e em cada esquina um ponto de venda de drogas fantasiados de pequenos comércios. Em cada passo que dou consigo sentir o peso espiritual, a frieza da rua e o sussurro dos ventos. Finalmente chego na praça, o movimento é suspeito. Duas garotas sentadas na grama, uma embala o que eles chamam de pedra, e a outra usa um caderninho velho fazendo as contabilidades de um comércio negro e escravista. Mas, bem perto disso, vejo apenas crianças com um tesouro nas mãos, é o que eles chamam de cola. Cada um cuida bem da sua, um vacilo e pronto, outra criança pega. E as noites são sempre assim escuras, mas existe uma noite que nunca se ilumina dentro dos pequenos corações manchado de fumaça daquelas crianças sujas e descalças.

Eles já me conhecem, me chamam simplesmente de “tio”. Mas nunca vou só, vamos em equipe. Enquanto algumas pessoas se relacionam, outras oram e pedem a Deus Graça e Misericórdia.

De todas as crianças que moram ali, uma me chama muito atenção. É o “Teco”(nome fictício). Assim como os outros meninos, ele cheira cola, anda descalço, mal vestido e um péssimo cheiro. Mas algo me impressionou. Em cada pé e punho do Teco tinha cordas amarradas. Não eram pulseiras ou tornoseleiras, não tinha cores, não era um assessório de enfeite. Eram simplesmente cordas. E, Deus me revelou que aquele garoto tinha uma ligação muito forte com seitas satânicas. Mas eu tive a ousadia de perguntar pro Teco o que era aquilo e ele me respondeu um simples: “estou bem tio, esta tudo bem!”.

Depois de alguns minutos eu voltei a perguntar pro Teco de uma forma mais descontraída:

“- O Teco, vamos tirar isso do seu pé?”

E ele sentou, olhou bem nos meus olhos e me disse:

“- Se eu tirar ele me mata tio.”

E depois disso ele começou a ter reações estranhas, andar diferente, correr, ruivava e falava sozinho. Até os colegas dele pediam pra eu conversar com o Teco porque ele não estava normal.

Então, todos nós obreiros sentamos com ele e oramos. Uma missionária que estava conosco perguntou mais uma vez se ela poderia tirar o que amarrava seus pés. E ele mais uma vez respondeu saindo da roda de oração:

“- Estou bem, esta tudo bem!”

Peço oração por este garoto, encontro ele constantemente ali. Peço que me ajudem em oração a apresentar o amor de Jesus Cristo aquela criança e que esse Poder venha quebrar qualquer corrente ou corda que prenda a vida do Teco.

Vamos batalhar em oração sobre a vida dele. O Teco não tem família, não tem comida. Apenas cola que é comprada com dinheiro sujo. Ele precisa das nossas orações!

3 comentários:

  1. Lidiberto says:

    Nossa brother, pode contar com minhas orações, não posso ajudar financeiramente no teu sustento, mas pode ter certeza que orações por vc e cada criança citada não vão faltar.

    Q Deus te guie e proteja cada passo teu.

  1. Cara to orando Velho ! ore amanhã estarei no CIAD, pra que Deus possa me usar humildemente !

  1. Anônimo says:

    Muito feliz por "Teco" ter pessoas como vc e sua equipe que estão ali para fazer a diferença na vida deles... Vamos orar sim! e continue nessa trilha amado irmão o desafio é GRANDE!!